Por que não fui no FISL 14

Toda fez que um terminava começava a contagem regressiva para o próximo FISL. Já no FISL 13, pude perceber grande queda na qualidade nas palestras, no número de visitantes e também nos estandes presentes. Essa queda na qualidade das palestras fez com que as melhores ficassem super lotadas para assistí-las, sendo necessário abrir mão de uma palestra anterior e ficar esperando na porta da sala.

Fisl-logo

Outro fato que percebi é que o Software Livre (SL) já é uma realidade, ao meu ver o FISL tinha como papel principal a disseminação do SL, hoje, graças a todo esse trabalho,  isso não é necessário. Tanto é que, no momento que estou escrevendo este post estou ouvindo uma palestra ensinando a gerar vendas através do Facebook e tem uma outra dedicada a metodologias de desenvolvimento. São palestras interessantes, só que não tem nenhuma relação direta com SL. Na grande maioria, as palestras giram em torno de ferramentas mais que manjadas de segurança, inúmeras linguagens de programação que todos já conhecem e já estão mais que consolidadas e inúmeros casos de sucessos. Por serem já consolidadas e possuírem um grande número de usuários, palestras de linguagens possuem seus eventos anuais específicos. As “novidades” giram em torno da parte mobile onde o grande foco hoje é o Firefox OS e também todo universo em volta do Arduino.

Outro ponto interessante no FISL eram os grupos de usuários. Tenho a impressão de que já não são tantos presentes como eram nas edições anteriores.

É mais que óbvio que muito da queda de qualidade do FISL deve-se ao pouco número de patrocinadores de peso no evento. Palestras interessantes e de qualidade tem um custo alto, na maioria das vezes, é necessário pagar palestrante, passagens e estadia do mesmo.

Uso muito SL e, de forma alguma, acho que o FISL deve acabar, tenho muito a agradecer por inúmeros conhecimentos adquiridos nas 13 edições que participei e também não digo que não irei mais. Acredito que o FISL ainda tem muito que mostrar só que precisa de uma reformulação.

Talvez 4 dias seja muito tempo, quem sabe reduzir as palestras e focar na qualidade das mesmas? Mudar a cidade do evento, levar o evento para outras regiões. É provável que um grande número de pessoas deixam de comparecer em função da locomoção/tempo necessário. Se você não é um palestrante patrocinado, mesmo com a data disponibilizada com bastante antecedência, locomoção, estadia e alimentação tem um custo considerável a ser levado em conta na hora de optar entre um evento genérico ou um evento específico, é comum que a pessoa opte pelo evento mais específico focado no seu interesse.

Deixo claro que tudo isso é a opinião de quem participou das 13 edições do evento, é provável que quem está chegando agora ou veio nos eventos mais recentes essa opinião seja diferente.

Fico na torcida para que o FISL volte a ser um grande evento não no tamanho e sim na qualidade que possuia. Quantidade não é qualidade.

Eventos: Agile Brazil, Brazil JS, agenda completa. TI Eventos ótima app com datas para eventos

Curtir, você está fazendo isto direito?

curtir

Junto com o Facebook veio o conceito de “curtir” e “compartilhar”. Compartilhar todo mundo sabe o que significa porém, o curtir tem me deixado muitas vezes em dúvida.

Compartilhar serve apenas para passar adiante aquele comentário, post, imagem, etc… agora o que significa curtir?

É sabido que o curtir veio do inglês like, idioma original do Facebook. Até aí tudo bem mas, você já parou para pensar o que esse curtir quer dizer?

A primeira resposta que vem na cabeça é: Curtir significa que você gostou da publicação. Perfeito!

Certo dia na minha timeline surgiu uma foto de uns rapazes maltratando um gato e percebo que a imagem já possui quatrocentas curtidas. Será que todas essas pessoas curtiram os rapazes judiando o gato? Seguindo a lógica do curtir, esta deveria ser a resposta certa. Será que todos sabem (ou grande maioria) que, neste caso, o curtir significa que você gostou da pessoa ter publicado e não do conteúdo dela? Parece que Mark Zuckerberg esqueceu que as pessoas podiam publicar coisas ruins na timeline.

E isso não é um problema na tradução porque, mesmo que fosse like, não caberia utilizá-lo para uma foto como no exemplo dado.

Imagine você na rua, encontra um amigo e este lhe diz: – roubaram meu carro a placa é tal se souber de algo avise-me. Você responte com um sinal de positivo ou então diz: – gostei!. WTF!?

Por esses motivo não tenho o costume de curtir qualquer publicação onde trata-se de acontecimentos ruins.

Para terminar, quantos curtiram a notícia da morte do Chorão?

Inicialização de Máquinas Virtuais em Background (Virtualbox)

Atualmente quando preciso testar software, serviços, configurações de tuning, etc.., utilizo máquinas virtuais criadas no Virtualbox como ambiente de teste. Lembrando que ninguém, ao menos nunca vi, administra um servidor Linux utilizando interface gráfica, geralmente o que precisamos é do terminal.
Toda vez que precisava testar algum software inicializava a máquina virtual através do VirtualBox, minimizava as janelas da VMs e do Virtualbox, abria um gnome-terminal e fazia uma conexão ssh com essa máquina.
Todos sabemos que uma VM “suga” os recursos do PC então, quanto menos desperdício, melhor. Foi então que olhei para aquelas duas janelas minimizadas e pensei: Bem que vocês podiam ser fechadas sem minha VM fechar.
Acredito que grande parte sabe como inicializar uma VM sem ser via Virtualbox. Porém, o mais interessante é não precisar de janela alguma para inicializar uma VM.
Para isto basta saber o nome da máquina que deseja inicializar, por exemplo:

Digamos que minha VM chama-se VM-1, para iniciar ela em background basta digitar o comando:

VBoxManage startvm VM-1 --type headless

Se o comando acima foi executado com sucesso, as seguintes mensagens irão aparecer logo abaixo:

Waiting for VM "VM-1" to power on...
VM "VM-1" has been successfully started.

e para desligá-la

VBoxManage controlvm VM-1 poweroff

Se o comando acima foi executado com sucesso, a seguinte mensagem irá aparecer logo abaixo:

0%...10%...20%...30%...40%...50%...60%...70%...80%...90%...100%

Desta forma você está economizando recurso do seu sistema.
Espero ter ajudado, até a próxima.

Traição do movimento ou maturidade profissional?

  Depois de anos usando inúmeras versões de Linux desde o ínicio da Conectiva com seu Guarani até o Ubuntu 11.10 passando por Slackware, Red Hat, Mandrake, Debian, Suse, Fedora, etc… Nesse tempo também adiquiri alguns computadores/notebooks e, a primeira coisa que fazia, era remover o Windows e instalar a distribuição Linux que utilizava no momento.
Dessa vez resolvi arriscar com um MacBook Pro, depois de muita reluta e avaliações, estou utilizando um computador criado pelo senhor Jobs. Dá última vez que procurei um notebook para comprar, pesquisei também a possibilidade de um Mac, mas a diferença do valor falou muito mais alto.
Hoje descobri que essa diferença de valor no passado não valeu tanto a pena. O notebook(1) que adiquiri a um ano e meio atrás no valor de 2799,00 reais hoje vendi por 1100,00 reais. O Mac(2) que pesquisei quando comprei esse notebook estava custando praticamente o mesmo valor com um hardware um pouco inferior. Hoje o mesmo Mac usado conseguiria vender em torno de 1400,00 a 1600,00 reais, talvez até mais dependendo do nível Apple de dependência do usuário, digo, comprador ;).
Não é novidade para ninguém que hoje o hardware de um computador da Apple é o mesmo existente em qualquer PC e o que realmente faz a diferença é o seu sistema operacional.
O motivo que fez com que me aventurasse no “perigoso” mundo Apple se deve ao fato de ter conseguido fazer com que o Ubuntu funcionasse sem problemas em um iMac.
Fiz a instalação “bootando” a partir de um live CD, sem bootcamp removendo completamente o sistema do Jobs.
Alguns “appletards” devem agora estar se contorcendo e falando que meu ato foi um pecado mortal e blá blá blá. Ok, a vida é minha e faço o que quiser!
Após uma semana de uso de Ubuntu no iMac decidi, vou comprar um MacBook Pro. Em dois dias estava retirando o bichinho da caixa.
Não vou falar de acabamento, embalagem e etc.. porque todo mundo está cansado de saber do padrão Apple nestes quesitos. O que realmente me impressionou foi o funcionamento do sistema.
De jeito nenhum virarei um “appletard”, até porque meu celular com Android é tudo de bom. Até agora (3 semanas de uso) não penso em remover totalmente o Lion e colocar o Ubuntu.
O que descobri é que consigo fazer tudo que faço no Ubuntu utilizando o Lion. Todos os softwares (que julgo importante) que utilizo no Ubuntu, tenho no Mac, inclusive o meu TuxGuitar que uso para visualizar, criar e ouvir músicas no formato Guitar Pro. Meu editor padrão é o maravilhoso Vim. Consegui até configurar uma VPN e montar um drive remoto através de sshfs.
Lógico que ainda tem coisas que sinto falta, as vezes o Lion é meio metido e faz algumas tarefas da forma que não queria. Um exemplo é que ainda não consigo “falar” para o Safari sempre perguntar onde quero salvar um arquivo de download. Ele me obriga a definir um diretório previamente, sem chance de trocá-lo no momento do download. Talvez exista alguma forma de fazer isso, mas como novo usário Mac, ainda não consegui. Outro quesito que, inicialmente, incomoda é a falta do teclado brasileiro, apeser de logo você se acostumar.
A impressão que estou tendo até agora usando o Lion é a união do melhor de dois mundos. Ou seja, tenho (em partes) a segurança do ambiente Unix unido a facilidade de uso do ambiente Windows. Quando falo em facilidade de uso, quero dizer algo como, o Audacity não tocar (as vezes nem abrir) quando o TuxGuitar está em utilização. Alguns aplicativos de áudio fazem com que mas nenhum outro programa que usa áudio funcione corretamente. Duas vezes, estava para realizar uma twitcam no estúdio com a banda que toco. Com horário marcado para um público razoável nada de conseguir fazer o microfone funcionar no Ubuntu e as duas vezes tive que apelar para o Windows. Quando utilizava o Slackware muito tempo atrás, fazer um ambiente gráfico funcionar era uma aventura, e quando você ouvia o ruido de conexão de um winmodem funcionar adorava tudo isso. Hoje já não tenho muito saco (ficando velho talvez) para esses problemas, apesar dos problemas serem bem raros, ainda existem e, geralmente, acontecem na hora que você mais precisa.
Não, não consigo ficar sem meu Linux que me ensinou tantas coisas, ainda utilizo e muito ele, é meu principal ambiente, meu habitat e jamais deixarei de utilizá-lo e, sempre que possível,  continuarei a contribuir com a imensa comunidade que ele engloba.
A verdade é que estou ampliando meus horizontes, faz tempo que deixei de ser um xiita (sim já fui um), agora meu foco é no resultado, no usuário, não importa qual sistema operacional utilizei para chegar. Apesar de, inicialmente, direcionar os primeiros esforços no Linux e essa geralmente é a melhor opção.
E para finalizar. Sim, recomendo a compra de um notebook da Apple, o que não recomendo é, usar isso de desculpa para comprar um iPhone ou um iPad, ficar babando ovo da Apple (tornar-se um “appletard”), xingando muito no twitter porque tem instagram para Android. No caso do iPhone, existem grandes opções bem melhores atualmente no mercado, iPad chega ser ridículo a inutilidade dessa gadget. Icloud tem inúmeras opções para os sistemas operacionais mais utilizados.

 

1- Dell Studio 1450
– Intel Core 2 Duo T6600 2.2Ghz 2Mb L2 Cache – 800Mhz FSB
– 4Gb DDR3
– ATI Mobility Radeon HD M92 4500/5100 Series
– 14′ High Definition 720p WLED (1366×768) TrueLife
– 3-Watt (1.5W each) integrated speakers with SRS Premium Sound
– 500Gb SATA
– Blue-Ray Player
– Webcam 2Mp (microfones duplo)
– Wireless
– Bluetooth
– 3 portas USB sendo uma e-SATA
– 1 RJ45 (ethernet) Gigabit
– entrada para cartão SD
– 1 porta HDMI
– 1 porta VGA
– 2 entradas para fone e 1 para microfones

 

2- Macbook Pro (branco)
– Processador Intel Core 2 Duo
– Velocidade do Processador 2.0 GHz
– Bus 1066.0 MHz
– Capacidade do HD 120.0 GB
– Memória RAM 2048.0 MB
– Máximo de Memória 2048.0 MB
-Tamanho da Tela 13.0 ”
-Resolução 1280×800
-Placa de Video NVIDIA GeForce 9400M
-Memória de vídeo 256.0 MB
-Mídias Compatíveis DVD+/-RW
-Protocolos 802,11a/b/g/n

Por enquanto vou de Kubuntu!

É, infelizmente não deu, acredito que já faz um ano que estou tentando me adaptar ao Unity e, simplesmente, não consegui.
Motivos tenho de sobra e aqui vão alguns.
1- Sou usuário de notebook e não de tablet ou netbook;
2- Tenho um sério problema, preciso ver meus aplicativos (janelas) minimizados, nunca usei a opção de auto-ocultar nos paineis. Para mim, é muito mais fácil olhar para o painel no canto inferior da minha tela e clicar no aplicativo que eu quero que seja restaurado.
3- Simplesmente o Unity é muito lento, talvez seja pela incompatibilidade com minha placa de vídeo ATI, ainda não descobri. Sem contar os travamentos.
4- A área de notificação é terrível, por que não fazer igual ao Gnome?

 

Sinceramente, o Gnome Shell me supriu as necessidades estou usando no meu desktop (que tem placa de vídeo NVIDIA) mas ele ainda possui dois problemas que não tive como solucioná-lo.
1- Incompatibilidade com o driver da placa ATI, só funciona com driver genérico e, infelizmente, mesmo assim ainda ocorre crashes.
2- Não consegui instalar a extensãoque adiciona a lista das janelas minimizadas. Pode ser desconhecimento, o fato é que não funcionou.

Depois de tantos problemas, resolvi testar o KDE, dei um sudo apt-get install kubuntu-desktop e comecei a utilizá-lo.
Assim como o meu antigo Gnome ele, simplesmente, funciona. Tem alguns probleminhas mas nenhum deles me impediu de usar, não fez perder trabalho e está bem rápido.
Tenho esperanças que o Gnome Shell ainda melhore e muito e o Unity também, mas o Unity não tem como usá-lo pois, discordo do seu propósito.

Por hora, graças a liberdade do linux,  ficarei com o KDE (kubuntu).

Novo Ubuntu: Unity ou Gnome?

  A última versão (11.04) do Ubuntu foi lançada. Dentre as novidades e mudanças a principal é a alteração do desktop padrão Gnome para o Unity.
Tenho usado o Ubuntu desde a versão 6.04 e, de todas as novas versões, essa é a que mais me afetou.
Cheguei a pensar que o Ubuntu não estaria mais adequado ao meu perfil de usuário. Não que isso seja um problema no Ubuntu mas sim uma opção minha.
Existem mudanças que ainda vão me fazer arrancar alguns cabelos tais como:
– a remoção dos tty1, tty2, ttyn através dos atalhos ctrl+alt+Fn. Geralmente quando tinha problemas com o X apenas acessava um desses terminais e reiniciava o serviço GDM. Hoje ainda não sei como resolverei sem ter que reiniciar o computador.
– remoção da aba de efeitos nas configurações de aparência do Gnome, caso opto por ele ao invés do Unity;
Por essas e outras mudanças comecei a reclamar muito utilizando e testando sozinho essa nova versão. Foi quando parei e pensei:
-Você agindo como um usuário Windows tentando utilizar o Linux, reclamão e preguiçoso e isso é errado!
O Unity é diferente e muito do habitual Gnome, mas se continuar usando Ubuntu então vou teimar (tentar) no Unity. É óbvio que ele tem muito o que melhorar, não creio que esperar essas mudanças seja o ideal, pretendo estar ágil neste ambiente quando essas mudanças chegarem.
Espero que tenha, no Unity, o retorno da produtividade que tenho com o Gnome o quanto antes, isso fará com que possa focar na exploração  das opções de configurações que, em algum lugar, devem existir 🙂 .
Acredito que mudanças sempre virão acompanhadas de muitas críticas, positivas ou não. Só espero que essas críticas sejam bem aproveitadas pelo pessoal da Canonical.
A única mudança que, na minha opinião, não é aceitável é a estabilidade e o desempenho em relação ao hardware. Esses devem ser preservados ou melhorados, jamais deixados de lado em função de design ou qualquer outro motivo.
Faz um dia que uso o Unity, por enquanto tudo bem.

Gnome Vs Unity

Gnome Vs Unity

Atualmente existe muito barulho em relação a nova interface do Ubuntu, o Unity. Essa será a inteface padrão na próxima versão 11.04 do Ubuntu. Sinceramente ainda não consegui encontrar motivos para tal alteração. Sei que grande ganho dessa interface são em Netbooks, correto. Os Netbooks tem como uma de suas características hardware modesto, principalmente na placa de vídeo.
Como tudo que é novo no Ubuntu, fui testar o Unity e, simplesmente foi lastimável, possuo um notebook Dell Studio com 4Gb de ram, processador Intel Core 2 Duo e uma placa de vídeo ATI Mobility Radeon HD 4500 Series 512Mb dedicada. Não é uma configuração top porém consigo ,com este notebook, assistir filmes em Blu-Ray sem problema algum.
Foi quando tive a decepção de ver o Unity simplesmente engasgado no meu note. Sinceramente acho o Unity bonito, prático e gostaria de usá-lo (quando for possível auto-ocultar a barra lateral) mas nestas circunstâncias é impossível.
Existe também a versão 2d, funcionou normalmente sem engasgos algum mas sem efeitos nenhum também.
Tenho amigos que usavam a versão Netbook 10.04 e estavam felizes com a velocidade do sistema no computador deles com relação ao Windows. Eles atualizaram para versão 10.10 e já recebi inúmeras reclamações com relação ao desempenho. Meu conselho para eles foi usar a versão desktop padrão do Ubuntu (Gnome).
Espero que esse problema tenha sido solucionado até o lançamento da próxima versão do Ubuntu.
Abaixo segue um vídeo do Gnome e do Unity rodando no meu note. Note que não consigo fazer praticamente nada no Unity, mal consigo acessar a barra lateral pois o mouse está totalmente engasgado.
Como usuário e participante da comunidade sempre estarei testando o Unity a cada atualização que receber e qualquer alteração no desempenho adicionarei neste post.

Segue o vídeo:

iPad? Não, obrigado!

Neste post pretendo explanar o motivo pelo qual não pretendo “adiquirir” um iPad. Desde o  lançamento do iPhone 2g venho percebendo uma certa atitude da Apple que vem fazendo com que eu mais me distancie dela.

Para explicar meu ponto de vista imaginemos o seguinte cenário:

A empresa Watermelon constrói um software para locadora (adoro esse exemplo). O sistema, na sua versão 1.0, possui as funcionalidades básicas: CRUD obra, aluguel, devolução, CRUD cliente.

Durante a fase de análise da versão 1.0 foi questionado a possibilidade de adicionar a funcionalidade “reservar filme”. Após reuniões foi decidido que esta funcionalidade não iria na versão 1.0 e assim foi lançado o sistema.

Após inúmeras locadoras estarem utilizando o programa, usuários começaram a solicitar e perguntar sobre como lidar com o sistema quando se tratava de reserva. Visto que a quantidade de solicitações de usuários interessados nessa função a empresa então adicionou está funcionalidade ao sofware e o lançou na versão 2.0.

Na versão 1.0 o custo do produto era de 5.000,00 reais agora na versão 2.0 o software custará 5.500,00 reais. O detalhe interessante é que não existe atualização, quem pagou 5.000,00 pela versão 1.0, se quiser usufruir da nova funcionalidade terá que comprar a versão 2.0 no seu valor integral.

Lógico que este exemplo é um absurdo ainda mais tratando-se de software, seria o fim da empresa em Watermelon.

Porém, todo esse absurdo descrito acima, na minha opinião, é o retrato das atitudes que a Apple vem executando. Discordo totalmente dessa “estratégia” de lançar um produto carente de recurso básicos que, sem dúvida, foram previstos no desenvolvimento inicial.

Como uma empresa que investe tanto nos seus produtos lança algo carente desses recursos? A responta é simples: levar vantagem do hype que existe quando esses produtos são lançados.

Analisei bastante a real utilidade do iPad e não consegui achar vantagem em relação a um netbook. Como todos já estão cansados de saber, não possui leitor de cartão, webcam, etc… Não há motivo para pânico a próxima versão virá com algum desses recursos e teremos, novamente, todo o hype de lançamento e lá vão os appletards para a fila meia-noite para comprar novos iPads, agora com webcam. E assim como o exemplo esdrúxulo acima, você não pode “atualizar” seu iPad antigo tem que comprar um novo pagando o valor integral dele.

Não questiono aqui a qualidade e beleza dos produtos da Apple só não encontrei uma relação custo/benefício do produto incluindo ainda a carência dos recursos básicos acimas citados. A não ser que para você Status seja benefício.

E sim, se eu ganhasse um iPad aceitaria e usuaria porque, neste caso, a relação custo/benefício o custo é zero.

 

Criando uma distro personalizada com Remastersys.

Estava precisando criar uma solução completa para a distribuição de um dos sistema da empresa a qual trabalho. Esse sistema precisa de um ambiente completo,  ou seja, um conjunto de aplicações e configurações necessárias para o mesmo ser utilizável.

Dentre minhas pesquisas do Google encontrei o Remastersys. Com esta ferramenta é possível criar uma imagem ISO personalizada para distribuição (meu caso) ou mesmo um backup instalável do seu sistema, exatamente como ele se encontra.
Além de ser o SO personalizado e instalável, esta imagem, é também um live CD/DVD o qual é possível testar antes de instalar efetivamente no computador.
Para criar uma ISO personalizada segui os seguintes passos:
– adicionar o link do repositório do remastersys no seu sources.list:
$ sudo echo “deb http://www.geekconnection.org/remastersys/repository karmic/” >> /etc/apt/sources.list
Este mesmo repositório funciona para o Ubuntu 10.04 (Lucid). Aqui também vale um atento, para o Ubuntu com grub2 (Karmic em diante) é necessário a versão 2.0.13-1 do remastersys caso contrário adicione o repositório de uma versão mais antiga existente no site do projeto.
$ sudo apt-get update && sudo apt-get install remastersys
Após a instalação você pode ir ao terminal e digitar:
$ remastersys
serão exibidas as opções possíveis de utilização. Dentre as existentes, para solução que desejava, utilizei as:
– remastersys dist cdfs: esta opção cria no diretório /home/remastersys/remastersys um sistema de arquivo completo para distribuição em CD/DVD.
– remastersys dist iso custom.iso: esta opção cria a imagem (custom.iso) baseado no sistema de arquivos criado na opção anterior.
Não é necessário executar a primeira opção sempre que desejar fazer uma iso do sistema, esta opção é interessante para fazer algumas personalizações (papel de parede, fundo do menu inicial da iso, etc…) na iso quer será gerada. Após o término da execução do segundo comando existirá o arquivo custom.iso no diretório /home/remasatersys/remastersys.
Algumas observações:
– o arquivo não precisar ser nomeado custom.iso, pode ser qualquer nome .iso;
– o funcionamento é simples quando usa-se o Ubuntu Desktop, com o Ubuntu Server, que não possui interface gráfica e nem a opção de live cd por padrão, pode-se encontrar alguns problemas de percursso.
– sugiro utilizar o VirtualBox para criar o ambiente limpo somente com as aplicações/configurações necessárias para a iso a qual deseja criar.
Referências:

E mais um FISL se foi

E mais um Fórum Internacional do Software Livre chega ao final. Como todo ano, houveram palestras para todo os gostos, umas de ótima qualidade e outras nem tanto. Não gosto de criticar palestras e nem palestrantes pois, acho um ato de muita coragem se colocar a frente de um  grupo de pessoas, em sua grande maioria muito bem qualificada, sujeito a ser “massacrado” por expor o conteúdo que propôs. Quanto aos stands, percebi a falta de inúmeras empresas que vinha acompanhando o FISL anos e que não estavam presente. Das palestras que assisti a que mais me chamou atenção foi sobre testes usando Django com o Adriano Petrich. Foi uma palestra dinâmica com início meio e fim, muito bem estruturada, de conteúdo claro e muito bem explicado. O palestrante mostrou que dominava o assunto expondo suas opiniões a respeito do conteúdo e explicando o motivo destas opiniões. O ponto negativo da palestra é a falta de educação de pessoas que preferem ficar batendo papo ao contrário de ouvir o conteúdo sendo transmitido.

Apesar de assistir apenas ao último dia do mini curso Ruby on Rails percebi, também, um ótimo domínio do palestrante e a palestra fluiu muito bem. Outra palestra interessante foi sobre a escolha de ferramentas (frameworks) certa para uma determinada tarefa. Na realidade esta palestra não agregou muito, todo bom desenvolvedor sabe que existem ferramentas ótimas para realizarem determinadas tarefas enquanto que estas mesmas ferramentas não são as mais indicadas para outras. A palestra foi boa para atualizar quais as ferramentas estão sendo usadas atualmente.
Um fato que talvez deva ser levado mais em conta na hora de montar a grade do FISL 12 é com relação aos títulos das palestras. Muitas palestras que assisti o título não deixava claro o conteúdo da palestra, esta última citada acima é um bom exemplo. O nome da palestra era “Como ganhar dinheiro com Python.” enquanto que na realidade o foco não foi em dinheiro e sim qualidade/tempo e também não só em python. Acredito que uma maior atenção nos títulos fariam com que diminuisse o número de pessoas que reclamam de palestras.
Em resumo, como sempre, o FISL foi muito bom e já deixa saudades, o pessoal é sempre muito animado e companheiro apesar de ter um número menor de inscrito não senti diferença com relação a quantidade ao público nas palestras/stands tirando o primeiro dia que a área de stands não estava liberada.
E que venha FISL 12!